segunda-feira, 18 de março de 2013

Revoltas populares

O que é que eu vi hoje? Um bando de jovens dos late 80's e dos 90's a sentirem os seus sonhos destruídos de uma forma que ninguém consegue controlar, a sentirem que as opções escasseiam e que o paraíso tarda a aparecer. Não vivemos num Portugal extremamente pobre como acontecia antes de todos nós nascermos, mas vivemos num em que nos foi dito que íamos ser tudo o que queríamos ser e que iríamos poder fazer tudo e agora cortam-nos as asas. Cortam-nos mais que as asas, tiram-nos literalmente o chão. Foram-nos feitas promessas que nunca poderão ser cumpridas. E é isso que revolta, é isso que faz com que acontecem cenas de desespero como a que se viu na faculdade. Sim, porque o que aconteceu foi feito porque ainda existem pessoas com sonhos que não se acomodam a uma situação, e acreditam que as coisas podem mudar para melhor, acredita na boa fé dos seguintes.
O que eu vejo é o último rasgo da democracia, o que eu vejo é um Primeiro-Ministro e outros tantos a gozarem com a cara de quem trabalhou uma vida inteira e agora não consegue encontrar trabalho, porque Portugal é um país de vendidos e nós deixámos-nos vender, no sentido mais literal que podem pensar.
Mas não fazemos por merecer essa tão esperada mudança, e isso é que me deixa triste.