segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012..3

2012, o que dizer sobre este ano? Comecei o ano da melhor forma, com uma pessoa muito especial para mim. Passado cerca de 4 meses porém, essa pessoa tinha saído da minha vida. Foi o início de um novo ciclo, de um melhor ciclo arrisco-me a dizer. Fiz tudo. Fui modelo por um mês (tecnicamente ainda sou, mas pouco importa agora), algo que me deu uma confiança de que eu realmente precisava depois da break up. Em 2012 fiz o meu primeiro trabalho a sério. O primeiro ano da faculdade foi melhor do que esperava, fiz todas as disciplinas. Tive uma experiência de quase morte, e tive de lidar com as terríveis despedidas. O Verão foi bom, como todos os outros, percebi que há amigos que são para a vida e outros que nem por isso. Foi um ano cheio de paixões para ser. Em Setembro, de regresso a Lisboa, vivi uma vida boémia: manifestações, cafés ao final da tarde, concertos, festas, fiz tudo e mais alguma coisa. Deparei-me pela primeira vez que a Humanidade é naturalmente selvagem e má. Entrei numa odisseia de relacionamentos, saí magoada. Perdi uma grande amiga (mais uma vez vi que se não formos nós, ninguém é por nós), mas ganhei tantos outros. Vivi problemas verdadeiros, daqueles que nos protegem quando somos mais novos. Apaixonei-me pela moda, por Lisboa, pela música, pela cultura. Encontrei-me comigo novamente, depois da minha "odisseia". Defini prioridades e acima de tudo aprendi a respeitar-me como nunca tinha acontecido. Fiz 19 anos e senti que ainda não tinha vivido, continuo a senti-lo.

2012 foi um ano de reencontro pessoal, de aprendizagem e de muito divertimento. Houve mais prazer que trabalho em 2012. E, para mim, todos os anos são sempre melhores que os anteriores. Vamos ver o que 2013 me reserva.

sábado, 29 de dezembro de 2012

New Year's Eve

Todos estes sentimentos voltaram. Talvez seja por me sentir de alguma forma mais perto da pessoas, talvez seja por ter tudo e sentir que não tenho nada, ou talvez seja por me terem deixado aqui sozinha, e subitamente ajo como uma criança carente. Perco-me nestes pensamentos que não quero, de modo algum, ter. Passada a azáfama de Lisboa, sinto-me terrivelmente próxima de quem não quero estar, sinto-te outra vez como casa. Tu não és casa. Tu és tudo menos casa.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Uma questão de coragem

Hoje não é um dia particularmente feliz. Depois de ter ido ao aeroporto abateu-se sobre mim uma necessidade enorme de partir, e ao mesmo tempo, de ficar. Preciso de sair daqui, é uma necessidade. Preciso de fazer algo novo, preciso de viver. Lisboa vai sempre fascinar-me, mas a minha alma inquieta não me deixa estar no mesmo sítio durante muito tempo, com as mesmas pessoas. Estou farta da rotina e das linhas rectas. Chegou a hora de mudar, chegou a hora de tomar coragem e partir sem destino. O que preciso, o que preciso realmente, é daqueles 20 segundos de coragem, fazer e não olhar mais para trás. Confiar na decisão, mudar se não estás bem. Chegou a maldita hora. Eu vou fazê-lo. Só preciso da maldita coragem. Porque partir é uma questão de coragem. Mas o que dói mais, o que dói realmente é ver os amigos a partirem, uns atrás dos outros. O que dói é passar o Natal sem os irmãos. A quantidade de pessoas que vou perder para o mundo, até Junho, é maior do que a minha mão consegue contar. É cruel vê.las partir, é cruel ter de deixar a vida para trás. É cruel eu não partir.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Festa de Natal


E pronto assim foi a festa de Natal da residência :). Foi divertida, não durou a noite toda mas deu para conviver e estar com os amigos. Já disse aqui, várias vezes, o quanto a RUB significa para mim, este foi mais um dos momentos porque me sinto extremamente feliz por fazer parte desta família. Os amigos que aqui se fazem são realmente especiais, e se queres conhecer bem uma pessoa tens de viver com ela. Não são os amigos que conheces na faculdade que ficam para a vida, são aqueles que fazes na RUB. Já estou a intrigar a minha cabeça com a saída deste sítio maravilhoso, mas acredito que ainda melhores tempos virão. O que me custa realmente é a saída das pessoas cá de casa, isso sim me custa. O que nos vai restar são estas memórias: as festas, os jantares, o simples convívio na hora de fazer o jantar, a hora do chá, a especificidade de cada um e as diferenças a ajustarem-se perfeitamente. Essa é a beleza da amizade. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Nobody

Um dia.. um dia vou viajar, conhecer sítios, libertar-me. Não vou mais estar confinada às paredes do meu quarto e aos livros sobre viagens. Vou lá ver por mim mesma. Vou ver pessoas, locais e apaixonar-me. Apaixonar-me pelo mundo. Até lá, sonho com o momento em que vou ser corajosa o suficiente para o fazer. O primeiro passo já o fiz, deixar de pensá-lo como um sonho e passar a pensá-lo como algo que vai efectivamente acontecer. Num mundo em que não nos são dadas muitas oportunidades, mais vale fazermos nós próprios por sermos felizes. Estar à espera do sistema para que ele te arranje uma vida, não resulta nos dias que correm. Chamem-me alucinada, é o que sou. Alguém dizia que o sonho comanda a vida, pois o meu não é mais um sonho. Chame-mo-lo um esboço, ainda no seu estado mais primário é certo, mas caminho para que o desenho fique terminado. Não me interessa quando é que esse desenho vai ficar acabado, pode ser amanha ou daqui a 30 anos, o que eu sei é que inevitavelmente e porque é a única verdadeira e real coisa que eu quero, ele vai acontecer. Vai ser um desenho todo pipi e eu vou desertar, vou encontrar-me por esse mundo fora, vou escrever livros, vou ser feliz, não, vou ser ainda mais feliz do que sou agora. E depois alguém me vai escrever uma canção e dizer em vez de matilda, Susana. Vai tudo correr bem, fora dos planos vai tudo correr lindamente. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Chorei... mas depois pensei fuck it ninguém vai chorar por mim. As pessoas revelam-se enormes desilusões, não há ninguém que fique. A minha complexidade afasta todas a gente, é por isso que eu prefiro estar sozinha. Porque maior solidão não é esta sozinha mas sim estar com as pessoas erradas. Tento viver superficialmente para não entrar naquele sítio escuro onde não quero ir, mas às vezes é mais forte e não há como controlar. Pensar estraga tudo, estraga sempre a nossa ilusão de felicidade. A verdade é que consegui afastar todas as pessoas de quem gostava, a verdade é que não quero mais continuar aqui, a verdade é que não faz mais sentido , nunca fez mas eu insisti. Não resultou, está na hora das terríveis mudanças. Continuarei aqui? Ainda não sei.