sexta-feira, 17 de agosto de 2012

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Contracultura


Cada encontro da nossa vida marca-nos de uma forma mais ou menos especial. Confesso que as expectativas eram baixas em relação a este acampamento, que não era meu. Talvez por isso, tenha sido tão fácil retirar isto como uma experiência altamente positiva. E que ajudou a construir, não só os viajantes, mas também os anfitriões. Já os conhecia, amigos meus de Lisboa. Mas partilhar com eles a minha família, as minhas raízes, a minha vida e personalidade no seu estado mais puro, marcou-me profundamente. O espírito da viagem e a mentalidade aberta contagiaram-me também. Fiquei com vontade de ser eu a fazer aquilo. Andar à boleia sem destino. Não que eu não tivesse já este desejo intenso da viagem, esse tenho-o eu há muito tempo. Talvez por essa razão, a razão de querer algo mais, algo diferente, tenha feito de mim também uma pessoa diferente do esperado. Um dia…um dia vou ser eu! Até lá, resta-me acreditar que já marquei de forma positiva a viagem de alguém, pois para mim o karma resulta das boas acções que fazemos serem retribuídas igualmente com boas acções, podendo acontecer o mesmo com as más acções. Mas é exactamente como o Gonçalo Cadilhe diz, primeiro a viagem tem de começar dentro de nós. E o bichinho da liberdade de espírito aguçou-se ainda mais. Afinal a contracultura ainda existe. Não a contracultura que todos vêem, aquela que é mais um padrão porque, hoje em dia, ser fixe é ser alternativo. Estou a falar da contracultura que ninguém vê, aquela que acontece dentro das mentes iluminadas de um número reduzido de jovens por esse mundo fora. Foi a essa contracultura que assisti nesta viagem.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pessimismo não é a palavra

O que é que adianta? Continuamos a viver e, pura e simplesmente, esquecemo-nos do que sentimos e pelo que passámos antes. É por esta estúpida característica da Humanidade que repetimos os nossos erros. É por esta estúpida característica que me sinto tentada a fazê-lo, mesmo sabendo que correu mal da última vez. Se estivesse bem claro na minha mente tudo o que senti, não voltaria a repeti-lo. Entretanto, os Joy Division ainda me fazem sentir mais miserável com a nossa viagem. Vai à merda Ian Curtis, tu e a tua dor! Eu também a sinto.