quarta-feira, 31 de julho de 2013

Identidade

Chegamos a uma fase das nossas vidas em que somos o que de mais indefinido existe. Não sabemos o que somos e muito menos sabemos para onde vamos. Tanto estamos bem como não estamos. Sentimo-nos mal por não partirmos, por não sermos corajosos e abraçarmos a vida. Torna-se difícil tudo o que está a acontecer à nossa volta, torna-se difícil encontrar um rumo. E quando vemos que toda a gente à nossa volta não está mais perdida, o desgosto toma conta de ti, por seres a última restante. E depois percebes que chegou a hora de crescer. Mas como é que nós sabemos que chegou a altura? Será agora? Que é altura de deixar as t-shirts com logos de música para trás. Talvez seja altura também de deixar para trás os sonhos de sempre, e arranjar algo mais realista. Resignar-me ao que todos querem que seja, deixar-me levar pelo que sempre lutei, pela pressão da sociedade. E quanto mais vejo os dias passarem por mim, mais sinto que nada fiz com a minha vida. Que tudo não passou de uma ilusão, de uma grande ilusão. Que afinal de contas, durante todo este caminho, eu é que estive errada. Eu é que fui a sonhadora sem fundamento, a criança.
Estou num momento tão sombrio da minha existência. E o ciclo está prestes a recomeçar e a não me deixar sair. Tal e qual Hemingway.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Absolutamente fascinada!!!

Esta foto foi tirada no Bairro Alto, fiquei imediatamente apaixonada. Ah como eu sinto falta de Lisboa.


domingo, 28 de julho de 2013

A tentar dizer coisas que não consigo

O post que se segue era de uma inevitabilidade tremenda, devido a todo o amor que nutro por cada uma das pessoas que me marcou, de uma ou de outra forma, durante os últimos meses. Todos mereciam que uma certa homenagem, mesmo que desconhecida aos olhos da maioria, fosse prestada, portanto aqui vai...

A todas as pessoas que amei e que continuarei a amar, porque o amor é a única coisa que podes pôr no mundo e esperar que seja retribuído. Vou começar pelo óbvio. A fabulosa e sempre extraordinária Residência Universitária de Benfica, o sítio onde podes ser tu. Onde tens a tua família alternativa, onde o espaço é construído pelas partes, onde tudo acontece, onde tudo é mais completa e o que completa a minha experiência universitária. Durante os últimos meses tudo aconteceu, fomos tão felizes que as palavras para o descrever se tornam absurdas. É um local de partilha e sobretudo de aprendizagem. A amizade sobrepõe-se a todas as adversidades, e é nas aterradoras diferenças que encontramos o equilíbrio. Tornamo-nos pessoas melhores com a convivência. À Cátia por ter tido paciência para aturar os "putos", e por se ter revelado uma óptima surpresa enquanto pessoa. À Andreia por ter aquela personalidade que faz todos sorrirem, que faz tudo e não se arrepende de nada, aos momentos passados com ela, a invejável capacidade que tem de facilitar o que parece um bicho de sete cabeças. À Filipa por trazer as fabulosas queijadas da Graciosa, e por ser a pessoa equilibrada que é, sempre disponível. À Magda por ser a mãe daquela gente toda, e por nos fazer pôr tudo o que consideramos importante em perspectiva, porque afinal de contas os nossos problemas são tão pequeninos. À Lisandra por ser a extraordinária pessoa que é, a amiga que foi, a minha companheira de eventos e de refeições, ensinaste-me tanto que levaria semanas a pôr tudo em papel, a alegria da casa. À Vera pela fabulosa festa romana e pela companhia no quarto. À Cândida, à minha Cândida, por todo o companheirismo, todos os conselhos, por seres uma das melhores amigas que já tive e por seres das melhores e mais fortes pessoas que já tive oportunidade de conhecer, por tudo. À Nádia por estar sempre disponível a ouvir os meus queixumes e a uma boa conversa de cusquice, por ser uma óptima conselheira no momento de ir às compras e de sair com um rapaz. À Alina pela simpatia e óptima capacidade artística. Ao João pela sua estranheza natural que o torna tão especial e único, pela simpatia, pelo jeito que tem para o desenho que me faz sempre sorrir. Ao Nuno pela amizade, pelas conversas profundos, pelos conselhos e principalmente pela ajuda no guarda-roupa e livros fantásticos. Ao Sérgio pelos seus gostos característicos que nos fazem relembrar todos os dias o que significa ser português de gema, pela amizade e sempre prontidão. Ao Gonçalo pela grande generosidade e amizade, pelo fondue durante as noites de fim-de-semana. Ao Joaquim pela amizade e sempre bons boa disposição. Ao James, que apesar de ausente, a sua presença era notada. Ao Lucas pela enorme amizade, companheirismo, ajuda nas questões académicas, noitadas, por todas as pessoas que o acompanhava que também fizeram parte da minha caminhada (Camille, Thabata, Nayara, Fabiana, Marcos, Paulo), essencialmente por tudo, vou sentir tanto a tua falta, eras a alma da festa. Ao Isaías pela sua estranheza natural mas uma boa personalidade, que faz dele uma boa pessoa e bom amigo. Ao André pela maluquice, pelas conversas totós, pelas noitadas, por todas as brincadeiras que me irritavam profundamente. Ao Hélder pela enorme amizade, pelas brincadeiras, pela tua fantástica personalidade, pela tua presença solarenga quando o meu dia estava assim para o cinzento. Ao Telmo por se ter revelado o maior maluco deste tempo, o melhor companheiro de festa e um amigo fabulosa, pela nossa relação amorosa... de irmão e irmã. A todos vocês um MUITO obrigado.

Também na faculdade houve pessoas que me marcaram e me ajudaram a sobreviver naquela que não era suposto ser a minha casa académica. À Patricia pela grande amizade, prontidão, ajuda, companheirismo, por tudo. À Margarida pela sua personalidade generosa e amorosa, por ser um docinho quando estávamos tão amargos, pela paciência. À Catarina que me compreendia sempre, pelos livros e ensinamentos, pelas tardes de churrascada, a minha companheira de festa no ISCSP. À Márcia pelo amor, pelos jantares extraordinárias e por me fazer ver que ainda há esperança depois da tempestade. Ao Ruben por toda a ajuda e amizade, pelo empenho. Ao Rui e ao Luis pela disponibilidade e palavras quando estas precisam de ser ditas.

Aos amigos de sempre. À Joana pela amizade, pelos risos descontrolados, pelas conversas e confissões, por tudo e mais alguma coisa. À Mónica pela personalidade cativante e pela ajuda na clandestinidade, por abrires sempre o champanhe e por seres das pessoas mais calmas que conheço. À Denise pelo mau feitio e ao mesmo tempo pelos conselhos estupidificados que me fazem sempre rir a bandeiras despregadas, a ti e a todos os teus amores e aventuras amorosas, ao teu roncar anormal. Ao Fábio por me fazer sempre rir e ser um bem sucedido apesar das probabilidades, o meu primo emprestado. À Laura pelo equilíbrio, por ser sempre verdadeira, por querer sempre proteger-me. À Daniela por ser uma maluca de uma amiga de sempre e para sempre. À Carolina por ser a pessoa que é, sem máscaras e sempre com a palavra na ponta da língua. À Nani pela enorme amizade, por ser super amorosa e física (às vezes precisamos disso), pelas experiências partilhadas.

A vida é construída com base nas experiências que temos, nas pessoas que conhecemos. Tenho um bocadinho de cada um em mim, e amor para todos. Para quem se vai embora só posso esperar que os nossos caminhos se voltem a cruzar, se o destino assim o desejar. Para os que ficam um até já, para alguns um até amanhã. A vida fica melhor com vocês nela.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A vida é fácil

A vida é fácil. É fácil quando tens o sol a banhar-te a pele e os teus cabelos dourados. Quando a água do mar suavemente lava todos os teus sentimentos. Quando os corpos de Verão dizem olá. Quando tens as tuas maravilhosas amigas do “no matter what” contigo. Quando amas e o sol brilha sobre ti. Quando tens óptimas surpresas veranis e quando o branco começa a contrastar contigo mesma. Ah e quando vem aquele primeiro gole de cerveja, como o escritor diria. Quando te tornas uma pessoa de detalhes e pormenores. É hora de olhar à volta e ver que a vida é bem porreira, e pôr as coisas em perspectiva e ver que sou amada, que sempre o fui aliás, porque nada mudou verdadeiramente. Nós voltamos sempre um para o outro, tu és o meu porto seguro, és tu que vejo quando o sol brilha. E sim nós somos superstars, nos nossos talentos estrábicos. Nos nossos livros de vida encontramos o mote para continuar a nossa própria vida, como Thoreau dizia “Porém, se eles [humanos] sentissem a influência da Primavera das Primaveras a despertá-los, iriam ascender a uma vida superior e mais etérea por necessidade.”. E é isto. Às vezes é preciso muito pouco para conseguirmos ser felizes como só se sonha um dia ser.