sexta-feira, 22 de março de 2013

Malditas perspectivas

Tudo depende da perspectiva com que vemos as situações. No entanto, a Humanidade costuma estar cega demais para ver os reais acontecimentos e, em vez disso, fantasia-os. É o que me está a acontecer, quando queremos tanto que algo aconteça tendemos a pôr esperanças onde elas não existem e ver coisas que nunca se passaram. E assim vamos vivendo, a magoar-nos com coisas que inventamos na nossa cabeça.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Revoltas populares

O que é que eu vi hoje? Um bando de jovens dos late 80's e dos 90's a sentirem os seus sonhos destruídos de uma forma que ninguém consegue controlar, a sentirem que as opções escasseiam e que o paraíso tarda a aparecer. Não vivemos num Portugal extremamente pobre como acontecia antes de todos nós nascermos, mas vivemos num em que nos foi dito que íamos ser tudo o que queríamos ser e que iríamos poder fazer tudo e agora cortam-nos as asas. Cortam-nos mais que as asas, tiram-nos literalmente o chão. Foram-nos feitas promessas que nunca poderão ser cumpridas. E é isso que revolta, é isso que faz com que acontecem cenas de desespero como a que se viu na faculdade. Sim, porque o que aconteceu foi feito porque ainda existem pessoas com sonhos que não se acomodam a uma situação, e acreditam que as coisas podem mudar para melhor, acredita na boa fé dos seguintes.
O que eu vejo é o último rasgo da democracia, o que eu vejo é um Primeiro-Ministro e outros tantos a gozarem com a cara de quem trabalhou uma vida inteira e agora não consegue encontrar trabalho, porque Portugal é um país de vendidos e nós deixámos-nos vender, no sentido mais literal que podem pensar.
Mas não fazemos por merecer essa tão esperada mudança, e isso é que me deixa triste.

sábado, 16 de março de 2013

Normalmente consigo estar bem com o que se passa, com a forma como as coisas correm, como tudo se procede. Afinal de contas está tudo bem, só sinto que podia, não sei, estar melhor. Digamos  que existem dias em que me dá aquela sensação de que não corre mesmo nada bem, que me vejo frequentemente sem qualquer tipo de "sorte" (se assim lhe quiserem chamar). Mas depois aparece aquela imagem fantástica, que é de resto o sítio para onde vou quando este mundo não é o suficiente, e ali estou eu, feliz com o sol no meu rosto e tudo é verde e azul e tudo está bem no paraíso. Quando encontrá-lo na realidade terei atingido aquilo a que eu chamo carinhosamente de supremacia do ser. Nesta altura vou poder dizer por fim, que já valeu a pena. Todos os dias, uns mais que outros, vejo rasgos do que penso ser esse sítio. A última vez que o vi foi, sem dúvida, na semana passada enquanto voltava para casa no metro e lá estávamos todos, cheios de frio, encharcados e completamente destruídos. A destruição é boa, lembra-nos porque é que estamos vivos.

sábado, 9 de março de 2013

Romance de um dia na estrada

Depois de um fim-de-semana a mil, o meu balanço é positivo, porque por alguma razão o destino quis que nos cruzássemos. Porque é que foi o destino? Porque duas noites seguidas tu estavas onde eu estava e duas noites seguidas vi os teus olhos. Não quero pensar que foi um acaso, porque subtilmente senti. Por isso, e por tantas outras razões, quem sabe o destino não nos põe outra vez no mesmo sítio para voltarmos onde estávamos?