sábado, 29 de setembro de 2012

Manif

Este momento valeu por mil. Aquele em que os largos milhares que estavam no Terreiro do Paço, hoje cantaram em uníssono aquela que é uma das músicas da minha vida, não viesse eu de uma família de comunistas. E assim se preenche a vida em Lisboa, com causas.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Lisboa Style

Haverá cidade que me faça mais feliz? Até à data, não. Ontem tive um daqueles momentos mágicos, que me vêm sempre relembrar porque é que eu amo este sítio. Então fui ver um showcase daquele rapazinho fabuloso com aquelas músicas que são verdadeiros hinos à juventude. Foi surreal e fez, sem sombra de dúvida, o meu dia. É por estas e por outras que eu adoro Lisboa e o seu espírito jovem e de mente aberta. Sem mais delongas, aqui vos deixo mais uma vez com Alex d'Alva Teixeira. 


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sentimento de desilusao

E pronto é isto a desilusão. Hoje passei um dos dias mais horríveis da minha vida. Pus em causa o último ano da minha vida, as pessoas que conheci e as experiências que vivi. Contaram mentiras sobre mim, acusaram-me do que não fiz. O que eu sinto neste momento são náuseas, náuseas das pessoas que pensei conhecerem-me e acreditarem em mim. Mais do que dores no corpo, tenho uma dor na alma que não se equipara a nada. Este dia passou, mas o que se passou hoje vai sempre magoar-me, seja hoje ou daqui a 20 anos. Nunca ninguém tinha sido tão cruel para mim, uma pessoa que eu gostava tanto. Quando a ferida sarar, vai sempre deixar cicatriz. Porque o mundo não gira à nossa volta e os sentimentos das pessoas (por mais incrível que pareça para alguns seres que por aí andam) interessam. Todo o orgulho, credibilidade e amor que eu tinha pelo curso e pelas pessoas que faziam-no como se fosse a nossa casa, morreu hoje. Não voltarei a envergar o traje académico. Tudo o que o traje representa foi desrespeitado à minha frente, hoje mesmo. A amizade, a integração e o divertimento que tanto fazem das praxes uma das melhores épocas das nossas vidas, morreram hoje. Toda a validade que existia foi perdida. O que é que se ganhou? Muitas lágrimas, descontentamento e uma mescla de vergonha por saber que o traje e a tradição académica não passam de uma achada para ocultar os podres mais podres das pessoas. E acreditem que enganam bem. Estou desiludida e magoada. Não guardo rancor de nada nem de ninguém. Mas dói muito, dói mesmo muito. Isto não é a vida real, isto é uma fachada de uma hierarquia de pessoas mesquinhas e mentirosas. Não há ética e moral que resista. Sinto-me envergonhada das pessoas do meu curso, que eu com tanto orgulho apelidava de espectaculares, que afinal têm duas caras. As regras só servem para alguns. E o que ontem foi bem feito, hoje já é um ultraje à praxe académica. Sabem o que é que a "fabulosa" hierarquia académica precisa? De coerência, de coerência nas suas acções. Nao sei como e que eles foram educados mas eu aprendi que cometer injusticas e muito feio.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Manifestações

Acredito há muito tempo que o poder pertence ao povo e que aquilo a que chamamos democracia, como sendo representativa da vontade da maioria, está corrompida e não é mais um regime estável. Talvez por estas razões ou por outras quaisquer se viu tanta gente na manifestação de 15 de Setembro. As pessoas estão descontentes, com razão, verdade seja dita. Os sacrifícios que nos são pedidos não são mais consistentes e possíveis de executar. Precisamos de dinheiro, é verdade, mas sacrificar a vida das pessoas deste modo é um ultraje. Sinceramente, farto-me de pensar e não consigo encontrar uma solução eficaz para o nosso GRANDE problema. Enfim... adorei a manifestação. Apesar da solução não estar ao fundo do túnel, a nossa presença faz sempre a diferença. A minha segunda manifestação! Adoro os cartazes, os cânticos, as palavras de ordem, a intervenção. 
Falando de outra manifestação, esta de uma ordem diferente... falo, pois, da manifestação de poder que se faz sentir nas praxes. Estou a adorar praxar, é super divertido. Ontem os nossos caloiros estavam ainda um bocadinho de pé atrás, mas hoje foi muito bom. A verdade é que me chateia um bocado a hierarquia da faculdade e o facto de estas praxes estarem a ser... controversas (tinha logo de ser as nossas praxes). Esta altura deixa-me também super nostálgica. Como é bom ser caloiro e não ter metade do trabalho e conhecer pessoas novas e beber até cais para o lado. Agora que subi na hierarquia académica as coisas mudaram de figura. Temos muito, muito trabalho e levamos com tudo em cima de nós, todos os problemas, todas as coisas mal feitas. Mas apesar disto tudo, é muito bom a ligação que se vai criando entre todos os alunos do curso. Isto sim é uma verdadeira manifestação de poder bem sucedida. Não me interessa o que dizem enquanto conseguirmos criar laços entre as pessoas e, acima de tudo, tolerância. Já fazia falta alguma tolerância na política de verdade. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A vida é agora

E agora que voltei à RUB e está tudo diferente, posso respirar fundo e dizer que sobrevivi ao Verão. Aliás, passei por ele sem realmente dar por ele. Foi fantástico, um verdadeiro regresso às origens. Apaixonei-me de novo. Voltei a tudo e a todos e percebi, finalmente, o quanto amo aquele sítio. Lisboa é Lisboa. Mas ninguém me tira aquele pedacinho de terra que é meu e só meu. E dê por onde der, há coisas que nunca mudam, pessoas que vão sempre estar lá para ti e locais que tu vais sempre conhecer como a palma da tua mão. Depois daquele reencontro em que a frase mais ouvida foi "estás tão diferente", apercebi-me que as pessoas mudam mas os sentimentos nem por isso. Quando te importas com uma pessoa, não interessa muito o quanto a sua situação mudou, mas o que ela trouxe de novo, de melhor... e de pior. Quem ama ultrapassa tudo para amar. Quando olho para trás e penso nas coisas más que aconteceram, só me vem à cabeça que não guardo absolutamente nenhum rancor do que se passou. A vida continua linda e bela, cheia de coisas boas das quais devemos estar agradecidos. Vamos viver agora e não no passado, nunca no passado.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Here we are

Alegrem-se os espíritos mais inquietos. Chegou o momento em que as filas de carros invertem o sentido. Chegou a altura em que todos os Fernandos desta banda voltam para as suas terrinhas, orgulhosos de terem passado umas belas férias no sul. Chegou o momento em que tenho a minha praia de volta. Sim, a melhor parte do Verão. Quando os turistas de casa às costas me devolvem o pedacinho de terra que reclamo como minha. Muito obrigado por terem cá deixado as tais ajudinhas, não para a comunidade, claro está, mas sim para se construir mais um hotel. Mas está na altura de partirem. Não suporto mais não ter sítio para a minha toalha. Não suporto mais as filas intermináveis para chegar a qualquer sítio. Enfim... para o ano há mais. Depois de vocês vem o meu amor, Setembro, a melhor parte do Verão. Não fosse eu comportar-me tal e qual um turista, e também eu partir.