domingo, 29 de julho de 2012

O que nunca te direi (excerto)

"(...) Pensei que eras tu a pessoa. Não foste, nem vais ser. Este é, a partir deste mesmo momento, um capítulo encerrado da minha vida. Está na altura de seguir em frente, de vez. Acabou aqui e agora! Está na altura de eliminar aquele cantinho do cérebro, sempre lá reservado para me martirizar com o passado que desejava nunca ter acontecido."


segunda-feira, 23 de julho de 2012


Já sinto falta da vida citadina.
Começar o dia na faculdade a respirar conhecimento. Almoçar na RUB com amigos e, claro, com a Mimi. À tarde, dar um passeio na Baixa, ler um livro na Gulbenkian, ou mesmo, levar com a brisa do rio em Belém. Ao final da tarde, ir ver o pôr-do-sol num dos muitos miradouros acompanhada de cerveja e boa companhia (com preferência para o Adamastor). Uma jantarada em casa da Márcia, seguida de uma bebida no Bairro. Checar o ambiente em Santos. E, finalmente, acabar a noite no Arte & Manha. Chegar a casa exactamente às 6h, para poder aproveitar a festa que é vida nos aspersores do parque em frente. Começar outro dia, e sentir que se morresse naquele instante, nada teria sido em vão. 
Ah mas como aprecio também a vida aqui. Cafés com conversas longas, partilhadas com amigos de outros tempos. O mar e a sua frescura. As pequenas aventuras. Longos passeios ao final da tarde, para aproveitar o melhor de um dia de Verão. Jogos de tabuleiro em casas que não são minhas. Conversas existenciais e profundas em noites mal dormidas. E recordações, tantas recordações assombradas pela saudade de tempos em que as preocupações, pura e simplesmente, não existiam. 

sábado, 7 de julho de 2012

Dispersada na mente


Vou deixar crescer o cabelo de novo. Já está num bom caminho. Existem duas razões para o fazer:

1 - não posso cortá-lo, como inicialmente tinha pensado, por foça das circusntâncias
2 - já que antes queria cortá-lo para mudar de visual, assim vou também mudar mas não de uma forma drástica, mas de uma forma progressiva para que ninguém note, a não ser que deixe de me ver durante algum tempo é que irá notar a diferença

Bom, mas não passando esta conversa de algo superficial e infundado, sinto-me na obrigação de passar a um outro assunto. 
Estou de volta! Não que seja novidade para muitas pessoas, porque já que estamos de férias, teria de voltar eventualmente. A minha despedida foi feita sob o signo da pressa, mas não sem um sentimento de saudade precoce do tamanho do mundo. Sabendo de antemão que o que me esperava não ia ser tão bom, a desilusão abateu-se sobre mim... nos primeiros três dias. Depois tudo mudou. Afinal tinha saudades. Saudades das pessoas, principalmente, mas tambem da praia, do sol e do estilo de vida. Se a agitação da cidade me deixa empolgada, a calma do sítio traz-me de volta tudo o que sou. Está a ser um verdadeiro reencontro comigo mesma. Afinal já estava a precisar de estar sozinha para encontrar de novo o equilibrio. E como o meu corte com o passado nunca resultou na plenitude, só me tormou mais extremista, mais vale aceitá-lo e viver em harmonai com ele e com todas as pessoas. Não deixo de gostar de ninguém, as pessoas é que parecem ter alguns conflitos interiores direccionados a mim. Talvez tenha comprado algumas guerras em Lisboa por esta ou aquela razão, mas se o fiz foi mesmo sem intenção. A última coisa que quero são conflitos e drama. Já me basta a dura realidade do quotidiano. Não tenho também de estar a brigar por questões de importância reduzida. Quem me conhece sabe que raramente me zango. Quem não gosta de mim ou simplesmente não vai com a minha cara, que é o que me parece estar a acontecer, tem que rever-se na sua consciência e perguntar-se se realmente existe alguma razão. Enfim, nem sequer sei porque puxei este assunto. Apesar de ser um assunto que me deixa aborrecida, já um dos meus irmãos dizia para não deixar de ser eu própria porque se formos verdadeiros não temos que nos sentir mal por nada que façamos. Considerações gerais de quem se dispersa demasiado na sua mente. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Suspiro de vida


Estou domesticada e feliz, como uma grande amiga minha diz. A verdade é esta. Cheguei a um ponto na minha pequena existência em que posso afirmar que estou equilibrada, que sou eu. Eu e sou eu. Faço o que quero, com quem quero sem ter em conta o que os outros vão pensar. Isto é que foi uma grande conquista. Ser livre, totalmente livre de pensamento e de acções. Sonhadora e livre para conquistar o mundo. Todas as possibilidades estão ao nosso alcance, só temos de chegar lá. Tenho a vida toda pela frente. Sem arrependimentos, com muito amor e sonhos, assim se faz a viagem. Deixou-me ir ao sabor das circunstâncias, sem pensar no futuro, porque esse só cabe aos deuses. Aproveitra a viagem ao máximo, que só agora é que começou. Não estamos velhas, estamos domesticadas. O descontrolo das hormonas já acabou e os ciclos emocionais já se foram. É a Hora! A hora de viver, simplesmente viver, com tudo o que isso implica. Talvez este seja um dos textos mais vindos do coração que eu alguma vez escrevi. Mas que posso eu fazer? Estou apaixonada!! Apaixonada por pessoas, lugares e sentimentos. É agora que vamos viver. São estes os anos gloriosos. É a altura para nos tornármos naquilo que sempre desejámos. Porque não são os outros que fazem aquilo que somos, mas sim nós próprios. 

Carpe Diem