domingo, 30 de junho de 2013

O fim de um ciclo, com antecipações do que vem a seguir

Quando aquele que te acelera os batimentos, estiver longe, faz um favor a ti própria e relembra todos aqueles momentos que passaram, todas aquelas conversas absurdas e todo o amor que partilharam. Já referi aqui o quão especial é a RUB para mim, mais que a minha casa sazonal, é um lugar de redescobrimento, de amizade e camaradagem. As partes fazem o todo, como alguém diria. Mas agora que a altura das despedidas chegou, que a vida continua, que esta fase acabou para muitos, consideremos que cada pessoa nos marca de uma forma diferente, que todos os dias aprendemos algo novo. Não me posso também esquecer das pessoas que me fazem sorrir de manhã em dias de ir à faculdade. No meio de tanto amor e proximidade, os sentimentos tornam-se facilmente confundíveis, e a verdade é que estes últimos dez meses são um grande nevoeiro na minha cabeça. E depois nós olhamo-nos e beijamo-nos sem nos tocar, consecutivamente. É uma pena o Verão matar tudo o que pode ser o brilho do futuro.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

You ought to love someone


Do amor

A folha está em branco, não consigo passar para palavras esta fase abalada por que passo, por que nos fizeste passar. Como é que tu te deixaste ir abaixo de uma forma como estas? Era necessário? Deixaste que o passado nos assombrasse outra vez, que aquelas parvoíces de adolescência nos dessem a volta outra vez. Não valia a pena, isto não vale a pena quando a alma não é pequena. Nós estávamos aqui para ti, sempre estivemos. Sem a distância a separar-nos parece ainda mais difícil. Agora a apreensão instalou-se, a preocupação até. Talvez fosse altura de tentarmos outra vez, de darmos uma oportunidade à vida, de sermos nós próprios. Os meus olhos ardem, enquanto o teu coração salta uma batida, enquanto te escapas a viver a vida que te estava planeada. Os filmes malucos foram substituídos pela terrível realidade. Não sei se as minhas palavras valem a pena ou são em vão, tudo me parece numa intensa nebulosidade. Fizeste-me pôr em causa tudo o que conquistei, tudo o que deixei para trás. Mas isto eu não vou deixar para trás, porque é de amor que se trata. Vamos viver e ser felizes no nosso "deixa andar", outra vez.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Substância do amor

E ali onde o azul do céu conhece o azul do oceano, fui feliz mais uma vez. Porque não interessa para onde vá, a minha casa vai ser sempre onde o azul está. Vai ser sempre onde cheira a protector solar e brisa marítima. Vai ser sempre onde se vendem as pulseiras, onde se bebe o refresco, onde sorrimos sem razão. É onde o céu brilha mais, onde o sol queima. Mas quando volto, já nada é mesma coisa, todos mudaram, eu mudei. Continua o encanto, mas quem eu amo há muito que não está. Eu vejo tudo com olhos de quem tem tudo a perder, como se fosse a última vez que via aquele mar. E tu olhas-me com olhos sinceros, de quem não me quer perder, mas sabe que não o pode evitar. Eu volto, eu volto sempre, tu não me perdes. Só podes perder a pessoa que fui, só podes perder o amor que assombra a minha vista por outrem, só podes perder as recordações. Mas aquelas que já fizemos, já ninguém nos pode tirar. Verões e verões de recordações, de amor incondicional. O que se passa em Lisboa e o que se passa no Algarve quando estou fora pouco interessa, quando chega o Verão e nos amamos, como ninguém consegue amar. Não vamos ainda acabar com isto, quando isto é a substância do amor.