sábado, 16 de março de 2013
Normalmente consigo estar bem com o que se passa, com a forma como as coisas correm, como tudo se procede. Afinal de contas está tudo bem, só sinto que podia, não sei, estar melhor. Digamos que existem dias em que me dá aquela sensação de que não corre mesmo nada bem, que me vejo frequentemente sem qualquer tipo de "sorte" (se assim lhe quiserem chamar). Mas depois aparece aquela imagem fantástica, que é de resto o sítio para onde vou quando este mundo não é o suficiente, e ali estou eu, feliz com o sol no meu rosto e tudo é verde e azul e tudo está bem no paraíso. Quando encontrá-lo na realidade terei atingido aquilo a que eu chamo carinhosamente de supremacia do ser. Nesta altura vou poder dizer por fim, que já valeu a pena. Todos os dias, uns mais que outros, vejo rasgos do que penso ser esse sítio. A última vez que o vi foi, sem dúvida, na semana passada enquanto voltava para casa no metro e lá estávamos todos, cheios de frio, encharcados e completamente destruídos. A destruição é boa, lembra-nos porque é que estamos vivos.