Já sinto falta da vida citadina.
Começar o dia na faculdade a respirar conhecimento. Almoçar na RUB com amigos e, claro, com a Mimi. À tarde, dar um passeio na Baixa, ler um livro na Gulbenkian, ou mesmo, levar com a brisa do rio em Belém. Ao final da tarde, ir ver o pôr-do-sol num dos muitos miradouros acompanhada de cerveja e boa companhia (com preferência para o Adamastor). Uma jantarada em casa da Márcia, seguida de uma bebida no Bairro. Checar o ambiente em Santos. E, finalmente, acabar a noite no Arte & Manha. Chegar a casa exactamente às 6h, para poder aproveitar a festa que é vida nos aspersores do parque em frente. Começar outro dia, e sentir que se morresse naquele instante, nada teria sido em vão.
Ah mas como aprecio também a vida aqui. Cafés com conversas longas, partilhadas com amigos de outros tempos. O mar e a sua frescura. As pequenas aventuras. Longos passeios ao final da tarde, para aproveitar o melhor de um dia de Verão. Jogos de tabuleiro em casas que não são minhas. Conversas existenciais e profundas em noites mal dormidas. E recordações, tantas recordações assombradas pela saudade de tempos em que as preocupações, pura e simplesmente, não existiam.