terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Rainy Christmas

Com o mar a agitar-se lá em baixo, penso que raio de dia tão tempestuoso para o Natal. A minha cabeça inunda-se de pensamentos, quando se torna impossível pisar a praia. Estou bem, quer dizer, não estou mal. Não devia ter caminhado para o precipício, deixei-me cair sem apoio. Mas é tão bom, estar longe de tudo, de todos. Não suportava mais um minuto na mesma casa que tu, a ter de olhar para ti todos os dias, e fingir que não se passa nada, que está tudo bem. Agora sim, estou bem.  É tempo de recarregar energias, e esquecer o que ficou em 2013. 2014 é um novo ano, a desculpa certa para deixar tudo o resto para trás. A partir daqui, a minha vida é uma incógnita. Não vou deixar que este terrível mês de Dezembro me destrua. Eu já estou de volta, aquilo que se viu na primeira quinzena de Dezembro não era eu, de todo. Um corpo amorfo e sem nada por dentro, talvez. Não peço nada para o Natal, não quero nada. Quero viver um dia de cada vez, a contar de hoje em diante. Não sei o que vou fazer amanhã, e isso deixa-me feliz. Enquanto estou por cá, nada mais importa. Só este mar, estas ondas, esta praia, este verde à minha volta. Porque, às vezes, sinto que a cidade está, a pouco e pouco, a consumir-me.

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