quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"A Suprema Verdade"

Dou por mim a desejar ter vivido noutro tempo. Num tempo de revoluções (não só sociais mas de espírito). Agora temo que tudo seja mais difícil de concretizar. Como é que chegamos aqui? Este povo trabalhador de origens humildes que se deixou corromper pelo temível capitalismo, pela verdade suprema que é o sistema. Está na altura de abrir os olhos! De acreditar que esta verdade suprema não é tão verdade assim. Porque trata-se da alienação, do ser sobretudo, da vida. O deixa andar não é a solução. A revolução feita de forma pacífica, pelo povo desta vez, é o que desejo. O que me custa é que não há forma de a revolução ser feita pelo verdadeiro povo, mas sim pelos instruídos, por aqueles que conseguem ver a falsa verdade, aos outros não se consegue fazer ver. Sempre fomos preguiçosos para pensar. Mas acreditar que somos mais fortes do que qualquer teoria da representação é o caminho. Podem dizer as balelas que quiserem a partir das portas de entrada do Instituto, mas a força do povo consegue fazer tremer as estruturas. Está na hora de acordar, e fazer isto de forma ordeira. Uma união como a história não viu. Porque se fomos os primeiros a descobrir o caminho marítimo para a Índia, se descobrimos o Brasil, se somos o único país do mundo que conseguiu fazer cair um regime sem sangue, também conseguimos ser os primeiros a fazer balançar a suprema verdade. A desconstrução da mente demora tempo, mas o regime treme mais um pouco cada vez que saímos à rua. O caminho é longo e sinuoso, mas com espírito de sacrifício vamos dizer adeus à Europa de uma vez, e começar de novo, de forma nova!