domingo, 22 de setembro de 2013

Considerar o inevitável

Há um mês atrás não pensava dizer isto. Quando dizia que sentia falta da cidade, tu olhavas-me com desgosto, de quem me ia perder. Agora sinto falta de casa, sinto falta de ti. Das eternas tardes de Verão, quando já me apetece o Outono. De ti, quando já me apetece seguir em frente. Algo estranho me puxa para o chão, me diz que o sensato a fazer era dizer-te o que sinto e o que senti. Nunca estamos bem, não é nada como queremos. Fazes-me aquela falta, aquela terrível falta. Quero casa, de uma forma que pensei não desejar. À medida que a minha pele fica mais clara, a tua presença esvai-se. Com Abel Tesfaye no meu ouvido, e contigo longe de mim, lidar é difícil.