sexta-feira, 8 de junho de 2012

A nostalgia do mês de Junho

Ok, tenho estado um bocadinho away do mundo, nos últimos tempos. As mudanças continuam a suceder. Está quase a chegar aquela altura que é forçosamente de balanços. Fazer um balanço do que foi isto, do que foi aquilo. Chegou também a inevitável altura de voltar atrás para me encontrar de novo. E ainda, está na altura de deixar para trás tudo o que me faz mal e seguir em frente. Não é que não faça isso todos os dias, over and over again. Mas agora que estou aterrada de ter de voltar, tenho um medo gigante que tudo volte à estaca zero. Já me estou a esquecer de uma regra: "não sofrer por antecipação". Ainda falta muito tempo, e quando chegar esse momento vou estar de cabeça erguida, com um pé no Verão em casa, e outro em Setembro na RUB. Se há uma coisa que aprendi na última semana, é que deixar ir é o melhor remédio. Deixar ir os nossos sentimentos, deixar ir a nossa inspiração, deixar-mo-nos ir. E ontem descobri mais um pedacinho de arte em mim... a pintura. Não tenho qualquer habilidade mas é a sensação de liberdade e ao mesmo tempo a assustadora folha em branco. Não vou desligar deste novo sentimento e vou atirar-me de unhas e dentes ao pincel. Uma outra forma de expressão para além da escrita calha sempre bem. Descobri outra coisa sobre mim que, lá no fundo, já sabia. Sou uma péssima pessoa para dar conselhos. Eu formulo palavras bonitas no meu cérebro e depois só sai escumalha, é mesmo frustrante. Cada um nasce com um propósito, e esse de certeza que não é o meu. Fantástica é a sensação de aprendizagem, a sensação de um dia que valeu a pena. E quando ele voltar a perguntar: "o que é que aprendeste hoje?", eu já sei o que vou responder. O segredo é vermos a beleza, a beleza de cada gesto e de cada pequenina coisa. Esse é o caminho.