Ok. Eu estou bem. Eu sei que estou bem. Mas fazes-me uma falta. Ninguém sequer sabe a falta que me fazes. Às vezes só olho ao telemóvel à espera que magicamente algo teu apareça lá. Nunca aparece. São sempre os outros, os outros que eu não quero. Não penso 24 horas em ti, nem perco muito tempo em dissertações profundas sobre o que aconteceu, mas sonho, sonho contigo. E sobre os sonhos não podemos nós ter controlo. Nem sobre a alma e o que ela quer. Se pudesse, nem por um instante que fosse, voltar para os teus braços, não tenhas a menor dúvida que o faria. Não posso, não posso porque nada volta, mas o sentimento permanece. Posso fazer tudo o que quiser para seguir em frente, mas enquanto tu morares no meu subconsciente não vou conseguir fazê-lo. Hoje disseram-me: "esquece, pensa nas coisas más que aconteceram e cria sentimentos de ódio". Mas como raio é que esperam que eu faça isso? Se alguma coisa correu mal, eu vou sempre achar que a culpa foi minha e para mim os teus defeitos são inexistentes, porque o que eu sinto por ti bloqueia-me a capacidade racional de assimilar que não foste de todo bom para mim. Eu sei que isso aconteceu, mas a vontade de voltar para ti permanece independentemente do que tenha acontecido e sei que iria voltar como se tudo tivesse sido perfeito. Provavelmente não te vais dar ao trabalho de veres o que escrevi e nunca vais saber como estou mal, estando perfeitamente bem. Nem sabes o quanto, a minha vida mudou de uma forma que nem imaginas e que nunca vais chegar a saber porque nós terminámos com tudo o que nunca houve e matámos aquilo que podia nascer. Tu és a minha lacuna na quase perfeição. Nem vai haver nenhuma banda sonora para este momento, as palavras de outrem não seriam suficientes para transmitir um momento que desta vez é só meu, e meu permanecerá.
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